terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Camisa de Venus - Bete Morreu


Por Otávio Portugal


A banda Camisa de Vênus, vulgarmente falando “capa de pica”, abusa de letras um tanto inusitadas. Por exemplo a música Bete Morreu, fala sobre uma jovem patricinha que deixou de ser menina, após ser empurrada para dentro de um carro e seu corpo foi encontrado por um chofer de caminhão. Agora esta apodrecendo lá dentro de um caixão... E por ai vai.

Marcelo Nova ainda tem a audácia de falar “Espancaram Bete, violentaram Bete, ela nem se mexeu. Bete morreu”. Como dizia a minha avó, por parte de mãe, sempre são as mulheres que provocam. Me pergunto, onde estava a Maria da Penha? Ela estava recendo um prêmio pela lei Maria da Penha (Lei que combate à violência contra a mulher).

Deixando as acusações de lado. As rimas são geniais com o nome Bete, ainda bem que ele não usou o nome Antonieta. Sabe Deus o que ele iria dizer! Até porque, pela letra, ela já estaria do lado dele.

Pessoal to deixando bem claro que isso tudo tem haver com a letra da música. Acredito que ela não influencie na violência contra a mulher, pelo contrário, ela as patricinhas devem ter cuidado ao atravessarem aquela esquina. Patricinha é a mulherada no geral, por isso todas devem ter muita cautela com quem e por onde andam.

Fui a um show de Camisa de Vênus na Bahia. Na hora em que tocaram Bete Morreu, abriu uma roda punk gigantesca e o pessoal, inclusive as mulheres, gritavam o refrão “Bete Morreu”.

Outra teoria bastante interessante é de um amigo meu, um comunista da orla de Boa Viagem, que essa letra fala da ditadura. Bete foi empurrada para dentro de um Veraneio, carro usado pelos militares durante a ditadura, e depois foi torturada. Realmente faz sentido vejam uma parte da letra “Espancaram Bete, Violentaram Bete, ela nem se mexeu, Bete morreu”, ela não se mexeu porque estava toda amarrada.

Teorias de integrantes de DCEs de universidades particulares à parte. A música é engraçada, usa e abusa da guitarra e do teclado. Um som altamente agitante e a violência se concentra apenas na letra da música, no restante é só patricinha dobrando a esquina.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

EXPRESSÃO DOS MEUS E SEUS MEDOS

MÚSICA//rock

Por Thiago Gouveia

Banda Inglesa faz musica sobre o medo que atinge a todos nós... homens.

Esta semana irei analisar a musica There’s Goes a Fear da banda Doves. Vou falar um pouco da banda: Doves é uma banda inglesas de rock originária de Manchester formada em 1998 sobre a reformulação do grupo de dance music Sub Sub após um incêndio que destruiu o seu estúdio. A banda é composta por Jimi Goodwin (contra-baixo, vocal e eventualmente bateria) e os irmãos gêmeos Jez Williams (bateria e eventualmente vocais) e Andy Williams (guitarra e eventualmente vocal). Fonte Wikipedia. O processo de análise é o seguinte: comentarei cada estrofe da música, relacionando a um tema atual. Vamos começar, em itálico está a letra traduzida.

Fora daqui
Nós estamos fora daqui
Fora da agitação
Junto ao medo
Lá vai o medo de novo
Lá vai o medo

Vem ai ano de eleição. Como sempre estamos “fora” do país. Sem nenhuma informação do que ocorre por aqui. Pois com tudo que acontece de corrupção, como foi atualmente com o governador de Brasília recebendo possível propina na candidatura de 2006. Isso sim podemos chamar de agitação, mas eu, assim como você, estou com medo do que possa vir por ai. Sempre que acontece uma coisa dessas o medo vem de novo. Mas logo depois o medo passa, e eu digo que esqueci tudo.

E os carros em alta velocidade
Fora daqui
E a vida vai passando
De novo, bem perto
Lá vai o medo outra vez
Lá vai o medo

Um dia desses fez um ano da campanha Se Beber não Dirija. Campanha do Governo Federal para as pessoas que beberem não pegarem no volante, com risco de provocar acidentes na rua. Mas pena que o que não pega mesmo é campanha para os motoristas seguirem em baixa velocidade. Dia desses passei por uma avenida movimentada aqui perto de casa e tinha acontecido um acidente. Perguntei aos populares e disseram que a culpa pelo acidente tinha sido alta velocidade e o motorista tinha ingerido bebida alcoólica. A vida vai passando e essas campanhas não vejo dar resultado. E toda vez que vem uma campanha nova lá vem o medo de novo.

(Refrão 01)
Feche seus olhos castanhos
E deite junto a mim
Feche seus olhos, e deite-se
Porque lá vai o medo
Deixe ele ir

Cheguei em casa dia desses minha mulher estava com insônia. Disse a ela que ia tomar um banho e que depois iria deitar junto com ela. Quando cheguei na cama perguntei o motivo da insônia, ela me perguntou: Amor você está me traindo? Ai eu disse: feche seus olhos, e deite-se, porque lá vai o medo, deixa ele ir.

(Refrão 2)
Você gira em voltas e a vida passou por você
Você olha para os únicos que ama e pergunta por que?
Você olha para aqueles que você ama afim de justificativas
Você gira em voltas e a vida passou por você
Passou por você de novo

Sem comentários.

E depois da última noite
Faz a mente viajar
Outra luta do lado inverso
Lá vai o medo de novo
Deixe ele ir
Lá vai o medo

Essa noite passei “viajando” com meus pensamentos, senti um pouco de medo mas minha força de vontade era maior e deixei todos os meus medos irem embora.

(Repete Refrão 01 e 02)

Pense em mim quando estiver caindo em depressão
Mas não olhe para trás quando deixar a cidade
Oh, pense em mim quando ele te chamar para fora
Mas não olhe para trás quando deixar a cidade
Pense em mim quando você fechar seus olhos
E não olhe para trás quando desatar todos os laços
Pense em mim quando estiver desanimada
Mas não olhe para trás quando deixar a cidade hoje

Lá vai o medo outra vez
Deixe ele vir
Lá vai o medo
Deixe ele vir

Pense em mim quando você fechar seus olhos
E não olhe para trás quando desatar todos os laços
Pense em mim quando estiver indo para a depressão
Mas não olhe para trás quando deixar a cidade hoje

Assim eu disse a ela quando ela descobriu toda a verdade.

Dejavú? Sim eu já vi e ouvi esse" filme", detestei!



Por Allison Almeida

Musica Popular//Brega
"Sucesso do momento, nada mais é que uma coletânea de Clichês, vai ver que por isso se batizaram o grupo de Dejavú"


Sabe aqueles desafios que é melhor você ficar na sua? Aqueles... Aqueles mesmo que a melhor coisa a se fazer é não bancar o corajoso, o sapiente, o garoto de ouro? Pois é, uma sessão de tortura se deu aos meus ouvidos só porque aceitei o desafio do professor, da Universidade Católica de Pernambuco, Darío Brito para fazer uma critica sobre uma coisa que não tinha simpatia. Aceite e me flagelei escutando o final de semana inteiro a banda Dejavú.


Dejavú, nome propicio a uma banda tipicamente feita por empresários que vende aquilo que a gente já está cansado de ver e ouvir. O engraçado é que sempre eles vendem o mais do mesmo com um novo nome. Um ritmozinho até, convenhamos, swigado, com uma harmonia pobre e letras que façam me o favor... Essa mesma “musiquinha” tinha o nome de Arrocha há uns seis meses atrás. Há uns dois anos, se chamava brega estilizado. Agora, o nome do momento é Tecno-Brega. Isso porque ensinaram dois acordes para um rapaz no sintetizador. Aprenderam a usar programas freeware de estúdio e pensam que criaram DJs ou até Vjs.

Tecno-Brega? O som que a banda é tão ruim que não podemos nem chamar de brega quanto mais Tecno. Li que a moda agora é misturar, uma espécie de brega antropofágico que vai se apropriando de tudo. Outro dia ouvi na Avenida Conde da Boa Vista. Um Ambulante anunciar o seguinte cd: MC Leozinho, o rei do Funk Brega. Quase que comprava o álbum que custava dois reais mais só por curiosidade. Minha irmã adolescente está pensando em criar o Emo- brega. Segundo ela, os dois estilos tem tudo haver filosoficamente falando. Meus estudos de guitarra elétrica e baixo juntamente com meu gosto por Heavy Metal vão influenciar na criação de um ritmo novo brasileiro e totalmente único: O Heavy Brega melódico. Vou juntar a precisão do Angra com a emoção das letras da banda Calypso e afins para ficar “milionário” nas noites do nordeste afora.

Voltando a falar da Dejavú, o grupo reúne uma pegada clichê, de outras bandas do Pará, adicionada a um sintetizador. Naquela velha estrutura de três acordes na qual um final de semana você aprende a tocar todas as musicas no violão. Na gravação que ouvi não senti a inserção de nenhum pick-up ou outra instrumentação característica da musica eletrônica. Portanto não sei de onde veio essa definição bizarra de se chamar de Tecno Brega. Os baixos altíssimos e estourados indicam uma gravação péssima de fundo de quintal. Os cantores seguem aquela tendência já iniciada pela Joelma ,vocalista da Calypso. Eles Acham que gritar é a mesma coisa de cantar. A Joelma ao menos é afinada já a Vocalista da Dejavú.... Misericórdia... Técnicas vocais ali passaram há uns 10000 quilômetros de distância. O que fica mais perceptível principalmente quando as musicas têm uma área melódica um pouco mais aguda.

As letras... putz.... Elas são tão viajadas que deixariam qualquer Pink Floyd parecendo balão mágico. Ao contrario do Pink, é claro as letras não tem nada a ver com nada. Saca só: “Rubi, nave do som .Faz a pedra, vem pra cá .Chega de pedir mais uma chance .Procure outro lance, não preciso de você Naquele instante delirante, apaixonante Decolei naquela nave e decidi não mais querer você” esse é o maior sucesso da Dejavú. Está em boa parte das rádios mais e aí? Alguém sabe o que ela quis dizer com todo esse “rebuscamento”? Seria Rubi algum traficante que “fez” uma pedra de Crack para a menina viajar? Apologia as drogas? Claro que não. Eles não devem ter capacidade intelectual para isso. Aposto com quem quiser que é só mais uma letra sem sentido mesmo. Mais uma da serie: não entendo nada do o que eu tô ouvindo mais é legal!!!!!



Tirando a viagem da nave desse Blogueiro entorpecido os outros temas da Dejavú são relacionamentos sexuais mal resolvidos, “ trocadalhos do carilho”, e mulheres objetos sexuais. Sem falar nas versões chatissimas de musicas que fizeram sucesso no ano retrasado, como Umbrela de Rihanna.



Se o Dejavú fosse um seriado seria daqueles americanos dos anos oitenta com orçamento precaríssimo onde prevalecem cenas trash e o elenco encena pior que meu cachorro vira-lata. O que me deixa puto é que sempre se consegue vender esses negócios para o terceiro mundo. Por pior que o produto seja, se consegue tirar bons lucros com produções bizarras e mercantis que acabam detonando todo um estilo que, por mais que me doa escrever isso, é original feito o movimento brega.

sábado, 28 de novembro de 2009

“Traigo un pueblo em mi voz”


MÚSICA//La Negra

Cantora argentina Mercedes Sosa, falecida em outubro de 2009, deixa legado de fé por dias melhores

Por Iohana Ruiz

Na canção “Vientos del alma”, “La Negra”, como ficou conhecida a cantora argentina Mercedes Sosa, esbanja densidade e altivez na voz de quem, durante toda a trajetória musical, sempre cantou o desejo de liberdade do povo latino-americano, principalmente durante a Ditadura Militar da Argentina.

Em suas músicas, Sosa transmite, com ritmo e melodia peculiares, o sofrimento daqueles que foram presos injustamente num período de repressão a todo tipo de ideal libertário. Esse é o melhor tempero das letras da artista: o tom de indignação e tristeza repassados por meio passagens fortes como em “Indulto”, canção que tem alta carga emotiva e fala dos que foram mortos ou repreendidos pelos militares: “Aunque que me quede ciego y sin pensamientos habrá em mi alma um libro com mis recuerdos” – ainda que me torne cego e sem pensamentos, haverá na minha alma um livro de recordações.

Em mais de cinco décadas de trajetória profissional, Mercedes Sosa, falecida em outubro de 2009, aos 74 anos, devido a uma disfunção renal, plantou sementes políticas e incentivou as lutas e protestos na América Latina. Tanto que nos anos 70foi censurada e perseguida junto com seus discos carregados de conteúdo social, os quais se transformaram em referência contra o regime militar. Com seu discurso, a cantora já sinalizava para a integração entre continentes que hoje está virando realidade.

Postura altiva, voz firme e alta, a cantora argentina, que agora desperta o interesse do público em um outro plano de vida, fez do seu caminho musical uma explosão de melancolia e, ao mesmo tempo, de força e coragem diante das injustiças sociais. Um grande legado de Mercedes Sosa são suas idéias inovadoras de quem via mais além. O que ela sabia fazer de melhor, cantar e tocar corações. Alguns dos seus marcos foram a ênfase à integração das nações e a luta pela democracia.

Vale ressaltar também que o amor sempre falou mais alto. É de se espantar como Mercedes consegue aliar temas tão polêmicos e, ainda assim, tratá-los com grande sensibilidade e cuidado. Com a visão romântica de que para tudo há uma saída e ainda há esperanças, a cantora massageia a alma dos ouvintes. Porque, mesmo com tanta miséria e problemas sociais, a grande lição deixada por esta magnífica e incessante guerreira dos direitos humanos é a importância da fé por dias melhores. Sem isso, não há propósito em viver de forma plena e bela. E é em torno da beleza e profundidade que giram as letras da cantora.

Porteño amplia carta de cafés

GASTRONOMIA//BEBIDA

Por Jessica Souza

Novos cafés variam entre quentes e gelados, além de chás e desserts

O Café Porteño de Bruna de Oliveira acrescentou recentemente doze novos tipos de cafés quentes e gelados, além de diversas opções de chás em seu menu. Apesar de ser um restaurante de influências argentinas, a restauranteur buscou inspiração e referências em uma recente temporada em Nova York (pois é, lá mesmo) para fazer uma nova carta de café para a casa. Não deveria uma casa argentina servir cafés portenõs ao invés de americanos?

De maneira geral, as novas opções são bem variadas, entre bebidas geladas e quentes. O After Eight (nada original, já que leva o mesmo nome da marca de chocolates finos com menta da Nestlé) reúne café e licor de menta em uma taça coberta com ganache de chocolate (R$ 7,90).

Outra novidade (que também não é tão nova, já que o Delta já usava muito antes o famoso creme de avelã como ingrediente de seus cafés) é o Nutela Nuts. A bebida promete conquistar ao servir macio leite espumado com café espresso em uma xícara cuidadosamente decorada com Nutela em toda borda e polvilhado com castanhas (R$ 5,90). A apresentação do drink, com certeza, é muito bonita, o creme de avelã na borda passa uma impressão que o café é cuidadosamente montado e preparado. Doce ilusão! O café chega sem gosto e as castanhas de caju são tão moles que nem poderiam se passar por castanhas. O toque crocante esperado no drink termina se dissolvendo como consequência da falta de cuidado do barista.
Já o Frapuccino se apresenta como uma releitura do tradicional capuccino, mas gelado e elaborado com diversos aromas, que poderiam variar de acordo com o gosto do cliente. Entre as opções de sabores estão avelãs, amêndoas, rum ou baunilha sempre acompanhado de chantilly, ganache de chocolate e castanhas (R$7,90), mas, depois da má experiência com a castanha do Nutela Nuts, quem se atreveria a arriscar com avelãs e amêndoas?

Uma opção bem diferente é o Drink de Café, servido em taça de martini com uma batida de sorvete de chocolate branco com licor de chocolate amargo em uma taça com ganache de chocolate e cubo de gelo de café espresso (R$6,90). Interessantíssimo e bem diferente, a refinada bebida chega em uma belíssima apresentação.
Na lista de Cafés Desserts, que podem facilmente substituir uma sobremesa, aparecem como novidades o Mousse de Choco, feito com café expresso, chantilly, mousse de chocolate e finalizado com chocolate importado Costa (R$6,90); e o Negresco Deli, uma saborosa combinação de café espresso, chantilly, farofa de negresco, sorvete de chocolate branco e ganache de chocolate (R$ 9,90). Lindamente apresentado, como todos os outros drinks, o café peca, novamente, pela falta de “crocância” da farofa de negresco. A bola de sorvete (de creme, não de chocolate branco como o cardápio dizia) se desmancha como se uma bomba atômica tivesse atingido a bebida, ao contrário do Chocolate Meltdown do Applebee’s, cuja bola de sorvete vai desaparecendo lenta e deliciosamente.
A nova carta de cafés do Porteño tinha tudo para ser ótima. Novas opções de bebidas, ingredientes e misturas agradáveis, mas peca no principal quesito, o sabor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Susan Boyle continua a surpreender

Lançamento -




De um programa televisivo de emissora britânica para o mundo. Nem os jurados, nem a platéia, nem a própria Susan Boyle acreditariam no sucesso da ex-desempregada de 48 anos. Depois de se apresentar no Britain´s Got Talent, tornar-se um exemplo de vida, Boyle lançou na última segunda-feira (23) seu CD "I Dreamed a Dream", título inspirado na primeira canção que cantou no concurso e que a tornou um fenômeno mundial. Tudo isso, depois de uma mudança radical no seu visual.

I Dreamed A Dream é o CD de estreia da cantora Susan Boyle

O álbum de estreia já tem seu single: Wild Horses", do Rolling Stones. O disco vendeu 130 mil cópias em um único dia. Dez mil dessas, vendidas antes do lançamento de fato, batendo o recorde de maior número de pré-encomendas nos 14 anos de existência da loja virtual Amazon. E a estimativa é que alcance as 400 mil cópias até o final da semana. A expectativa é que o álbum de estréia da cantora deva ser o mais bem-sucedido de 2009.


"I Dreamed a Dream" conta com a produção do inglês Steve Mac, que já trabalhou com os Il Divo, Kelly Clarkson, Leona Lewis e Westlife, entre outros. Do álbum fazem parte alguns temas originais e versões de outros artistas, como Madonna, Rolling Stones, The Monkees e Patty Griffin. Entre as doze faixas, estão clássicos como o Silent Night (Noite Feliz) e o I Dreamed A Dream (Os Miseráveis). A escolha das músicas segue bem o estilo Boyle: clássicos que podem mostrar sua inegável potência vocal. Uma mistura entre o pop de Madonna e canções cristãs populares.


Sua voz suave, delicada, porém, de alto alcance, é de arrepiar não apenas os que gostam de seu estilo. O CD não foi muito bem recebido pela crítica, mas as interpretações de Boyle, não se podem negar, são dignas e cumprem o papel de impressionar quem escuta. De acordo com a própria Susan, ela nunca aprendeu a cantar, sempre soube, e segue devidamente todos os pré-requisitos para se cantar bem. Puro talento.


A apresentação de Susan Boyle já foi vista mais de 300 milhões de vezes na internet. Apesar de seu enorme sucesso, a cantora não venceu o concurso, alavancando o segundo lugar, o que a tornou ainda mais famosa. Seu CD de estréia foi lançado pela Sony Music.

I Dreamed a Dream:

1. Wild Horses (Rolling Stones)
2. I Dreamed A Dream (Os Miseráveis) 3. Cry Me A River (Julie London)
4. How Great Thou Art (canção cristã)
5. You ll See (Madonna)
6. Daydream Believer (The Monkees)
7. Up To The Mountain (Patty Griffin)
8. Amazing Grace (canção cristã)
9. Who I Was Born To Be
10. Proud
11. The End of The World (Skeeter Davis)
12. Silent Night (canção de Natal)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Somente para ler na sala de espera

LEITURA//GIRLY BOOKS

Por Jessica Souza

Delírios de Consumos diverte, mas peca na construção nos personagens

Desde a deliciosa série Sex and the City, baseada na história de Candance Bushnell, os livros destinados ao público feminino (Girly Books) têm alcançado um estrondoso sucesso. Antigas publicações de dez anos atrás ganham nova forma (e fãs) e produzem muito, muito dinheiro, ao serem convertidos em filmes e série hollywoodianas, alguns bons e outros muito ruins.

O livro de Sophie Kinsella, Delírios de Consumo de Becky Bloom, recentemente adaptado para as telonas, se encaixa perfeitamente nesse conjunto. Ele conta a história de Rebecca Bloomwood, uma jornalista de economia desequilibrada financeiramente. Sem nenhuma profundidade e/ou questionamentos filosóficos, a história se dispõe a, apenas, entreter, conduzindo leitor por mais de 400 páginas, intercaladas entre narrações em primeira pessoa, feitas pela própria protagonista, e cartas de cobranças de bancos e lojas.

Na publicação, a fútil e engraçada Becky é uma consumidora compulsiva que, ironicamente, ensina às pessoas como administrar seu dinheiro. Endividada até a alma, ela usa todos os argumentos possíveis e impossíveis para fugir do gerente do seu banco. “Meu pé quebrou”, “Minha tia-avó morreu atropelada por um pára-quedas” são alguns das hilárias desculpas que a jornalista usa para escapar da perseguição do cobrador Derek Smeath.

Delírios de Consumo de Becky Bloom não se propõe a abordar profundamente o problema das dívidas e dos vícios comerciais, eles servem apenas como pano de fundo para a história de Becky, o que atraiu diversas críticas negativas, que afirmavam que o livro seria uma piada de mal gosto face à recessão mundial que enfrentamos.

Eu não acredito que o objetivo de Sophie Kinsella tenha sido tratar das consequências do consumismo exacerbado. A autora criou apenas uma comédia(!!), repleta de diálogos e indagações em primeira pessoa, onde os tropeços da protagonista acabam criando engraçados episódios.

Em meio a tanta confusão, Becky ainda se apaixona pelo expert em finanças, Luke Brandon, mas o romance não se desenvolve tão bem quanto os de "Bridget Jones", criado por Helen Fielding. Apesar da personalidade de Becky ser bem construída, outros personagens acabaram não tendo a mesma sorte. A vilã da história, Alicia Billington, aparece sem nenhum sentido, somente para arruinar a vida amorosa e profissional da mocinha.

Enfim, a história não é original, os diálogos não são complexos e enriquecedores e o vocabulário não é nada extenso, mas, nem por isso os personagens e a narrativa deveria ser tão finos. Grandes nomes como Helen Fielding, Candance Bushnell e Marian Keyes, de A Melancia, provaram que um bom livro, construído com um ritmo dinâmico e inesperado pode criar ótimas histórias.

Delírios de Consumo de Becky Bloom é um ótimo livro para rir enquanto você aguarda o avião no aeroporto, ou na sala de espera de um médico, mas se você procura algum livro que aborde amor, estilo, luxo e glamour, é melhor permanecer com as clássicas Fielding e Bushnell.