domingo, 8 de novembro de 2009

É preciso incentivar a comédia e o “pastelão” da vida brasileira

CULTURA//ENTRETENIMENTO




Postado por Iohana Ruiz

Série "A Grande Família" volta em 2009 com a mesma proposta de promover o debate da típica familia brasileira

Exibido desde 2001, o programa humorístico “A Grande Família” que passa na TV Globo todas as quintas à noite voltou com tudo em 2009. Protagonizado pelos atores de renome Marieta Severo e o pernambucano Marco Nanini, a série não perdeu o seu foco: o de mostrar o cotidiano de uma família do Rio de Janeiro aparentemente convencional. A série continua a arrancar boas risadas dos telespectadores.

A Grande Família é um “pastelão” brasileiro, mas dos bons. Quem não gosta de exercitar os músculos da face, rir, e inspirar o coração e a alma? A simplicidade de um “besteirol brasileirinho” é tudo de que necessitamos nesse momento de crises e pós-crises. Afinal, somos filhos de Deus e arte da TV pode ser uma fuga saudável diante das inúmeras tragédias que acometem a Nação e o mundo.

Os personagens Lineu, Nenê, Bebel, Tuco, Agostinho, Marilda, Mendonça e Beiçola até que tentam levar uma vida normal. Mas nunca conseguem. Tuco, por exemplo, é um filho acomodado e que vive enrolando o pai para conseguir dinheiro e não arrumar um emprego. Do outro lado da rua, temos o casal Bebel e Agostinho, este último, um taxista preguiçoso que se vangloria da masculinidade. Machista, assim como muitos homens deste Brasil-colônia, seu ponto forte não é o esforço. Veste roupas coloridas que não combinam entre si. E adora levar na conversa o dono da pastelaria, o Beiçola, e fugir do pagamento do aluguel. Já azarenta “chefe” do salão de beleza, Marilda, nao consegue deixar de atrais os homens mais "malandros". A busca hilária por um “bom partido” marca sua personagem desde o início da série.

As aventuras protagonizadas pelos integrantes da Grande Família continuam conquistando o público por uma razão muito simples: a identificação com os conflitos familiares levantados pelo programa. Há espaço para a análise do ciúme, machismo, separação, reconciliação, traições, dentre outros questionamentos, todos repassados de maneira irreverente e exagerada. Por mais esdrúxulas que sejam as trapalhadas desta turma, é justamente o tempero de loucura que mantém a audiência da série.
Sobram brigas e barulho durante os episódios. É como estar numa feira para comprar frutas. Você tem de ter todo um jeitinho para “pechinchar”. Mas, ao final, tudo se resolve e os ânimos se acalmam.

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